terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Top 10 restaurantes em Orlando

Muita gente vai para os Estados Unidos e pensa que lá só existe Mc Donald's, Burger King e afins.  Na verdade, você pode comer tão saudável e tão parecido quanto no Brasil. Por isto, separei uma lista dos restaurantes que mais gostei por categoria. Lembrando que não estou sendo patrocinada por nenhum desses, um sonho.

Legenda:   $- 0 a 10  dólares / $$- 11 a 20 dólares/ $$$ - 20 a 40

1. Bar/ Restaurante- Ale House  $$
Este é o típico Diner americano. É o lugar onde a galera se reúne para ver jogos e lutas. Para quem gosta de dardos e sinuca/bilhar, aqui é o lugar. A comida é boa e barata. Já comi um spaghetti de camarão delicioso e paguei uns $15. O meu favorito fica na Int'l Drive, tem um estacionamento gigante e muitas mesas. 

2. Temático- Planet Hollywood $$$

Esse é um restaurante-museum, na minha opinião. Com 3 andares, há uma dispoição de vestimentas utilizadas em vários filmes famosos. Dá pra ver a roupa da Julia Roberts em Uma Linda Mulher, do Arnold em Exterminador do Futuro. O serviço é maravilhoso e a comida nem se fala. O único problema é o preço. Se não quiser esperar para achar mesa, é bom ligar e fazer reserva. Já comi sanduíches que acompanham batatas fritas e paguei mais de $20 por isso.  Se achar que o prato individual é muito bem servido, não se envergonhe em dividi-lo com alguém. Aproveite que dieta está na moda. Sugestão: O Shrimp Alfredo, um camarão com talharim e um molho branco delicioso.
Onde fica: Downtown Disney

3. Happy Hour - TGI Fridays $$
Para quem gosta de drinks depois de um dia de compras ou simplesmente petiscar algo antes de ir para o hotel, o TGI é a melhor opção.  Há várias opções de comidinhas tais como palitinhos de mussarela, pães, brusquetas, aneis de cebola. Onde fica: adoro ir no da International Drive.

4. Italiano - Olive Garden $$
Esse é o meu restaurante favorito de todos os tempos ever. Não é só porque ele é barato para  a comida que oferece. É pela estrutura do lugar, a qualidade da comida e o serviço. O jantar ou almoço de três pratos acompanha sopa ou salada, petiscos ou sobremesa e prato principal. A sopa e salada são servidos quantas vezes você quiser e se não conseguir comer seu prato principal inteiro, pode pedir para embalar (isso é normal por aquelas bandas, nada de ficar com vergonhazinha). Minha sopa favorita é a Chicken Gnocchi. Para appetizers eu peço palitos de mussarela ou brusqueta. E o prato principal é Chicken Alfredo ou Chicken Parmiggiana.  Onde fica: gosto de ir no da Apopka - Vineland, mas tem um perto do Florida Mall.

5. Oriental- New York China Buffet  $$
Você entra e pensa que é chinês/ japonês, que vai comer sushi, yakisoba e frango agridoce. Masss quando chega nas ilhas de comida percebe o que o lugar oferece de tudo: pizza, salmão, camarão, fruta, gelatina. É bom salvar um espacinho no estômago para o sorvete e outras sobremesas deliciosas. Prepare-se para sair bolando de lá.  Onde fica: Apopka- Vineland, perdido no meio de um mall.

6. Café da manhã/ Almoço- Golden Corral $
Confesso que nunca fui lá na hora do café da manhã. Mas o almoço desse restaurante é super farto, no estilo buffet. As comidas são bem americanas,  então cuidado com  a gordura. Minha comida favorita é o Mac&Cheese (uma gosma de macarrão com molho de cheddar), o purê e os empanados de tudo que você pode imaginar. Mesmo não sendo fã de sobremesas dos EUA fiquei apaixonada por uns espetinhos de morango que você mergulha numa torre de chocolate.  Onde fica: perto do Premium da Vineland.
Mac&cheese: parece nojento, mas é muito bom. 


7. Brasileiro- Vittorio's $$
Bateu aquela saudade da comidinha do Brasil, corra para o Vittorio's. O restaurante é sempre lotado, então é bom chegar cedo no jantar e tarde no almoço. A carne, a farofinha, o peixe tem aquele gosto de comida caseira da casa da mãe. O pudim e o doce de leite são inclusos. E aqui você ainda pode tomar o Guaraná.
Onde fica: na International Drive, perto de um mall com várias lojinhas brasileiras.

8. Shopping- 5th Avenue Bistro $
Quando você já não aguenta mais as comidas gordurosas, oleosas, você um lugar que tem salada boa e um salmão maravilhoso, com um arroz branquinho. O 5th Avenue Bistro fica no Florida Mall, perto do restaurante 5 Guys. Você tem direito de pedir um tipo de salada, um tipo de proteina/mistura e arroz ou macarrão. Tudo isso por uns $10. 

9. Delivery- Domino's $$
Depois dos parques, ninguem aguenta mais dar um passo. O melhor a fazer é se jogar na cama e ligar pro Domino's. Três pizzas por $15 é a melhor coisa do mundo. Os toppings não são os mesmos do Brasil, as pizzas são mais cheias e bem servidas.

10. Dollar menu- Wendy's $
No final da viagem o dinheiro fica um pouco escasso porque  você já queimou tudo com compras. É hora de juntar os centavos e ir ao Wendy's. Procure o cardápio chamado Dollar Menu e com $2 dá pra comer um sanduba com refri.  Onde fica: espalhado por cada esquina da cidade.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Toronto Public Library

O sistema de bibliotecas em Toronto é a coisa mais linda e maravilhosa que uma pessoa viciada em livros pode pedir.
Elas estão espalhadas em vários cantos da cidade. Eu morei há 10 minutos de uma.
 Algumas são pequenas, outras são gigantes. A maior que já fui é a da Bloor Street que tem  uns três andares enormes, mas é apenas para referência. Os livros não podem ser retirados de lá.

Biblioteca da Yonge/ Bloor Street

Biblioteca na Queen Street, perto de onde morei.


A Public Library oferece vários serviços além de aluguel de livros.

  • Com a wi-fi liberada, tem gente que passa o dia estudando por lá. Você pode levar seu tablet ou laptop ou usar os computadores oferecidos por eles. 
  • Além disso, ainda podemos alugar DVDs  e revistas recém- lançados. 
  • Na sua conta online, você pode ler livros digitais e artigos acadêmicos e renovar o aluguel dos livros. 
  • O melhor de tudo: você pode devolver o que alugou em QUALQUER biblioteca espalhada pela cidade.
  • Quando eu ainda não tinha impressora em casa, foi a biblioteca que me salvou. Você não paga para usar o computador, mas paga pela impressão (fica em torno de $0.50 por página). 
  • Sábado cedinho pela manhã, são distribuídos tickets para vários museus e atrações pela cidade. Mas tem que chegar cedo e acordar no sábado antes de 9 da manhã em pleno inverno, é pedir demais da minha pessoa.
  • Para residentes, imigrantes e refugiados, a biblioteca ainda oferece cursos de línguas e preparatório para exames.
  • É sempre bom consultar o calendário mensal para checar as atividades que irão acontecer no mês. Há palestras, workshops, clubes de livros, preparação para entrevistas de emprego, revisão de currículos.

Para  fazer o cartão e ter direito de alugar livros e usufruir dos ingressos de graça e outros serviços, basta levar comprovante de endereço para a biblioteca mais próxima de sua casa. Isso no caso de residentes temporários ou permanentes. Eu levei meu extrato do banco e contra- cheque da Disney. Para quem vai passar apenas semanas, é preciso pagar um ínfimo valor, se eu não me engano, $2.
Cartão da biblioteca

Para quem gostou,aqui vai o site da Toronto Public Library.
Olha a surpresa que achei na seção de Português!

domingo, 12 de janeiro de 2014

Esquiando no Canadá

Não pensem que um dia eu acordei e disse: Oba! Hoje eu quero esquiar!
Na verdade, não tive muita opção. 

Um belo dia cheguei para trabalhar e quando abri meu e-mail havia uma intimação para todos irem a Blue Mountain, passar um dia divertido (disseram eles) praticando esportes de inverno, com tudo pago.  Olhei para as outras pessoas do meu time esperando que elas tivessem a mesma reação que eu: NOOOO! 

Só que não apenas elas já haviam escolhido qual esporte fariam, como algumas delas estavam super empolgadas.  Fui checando para saber qual esporte cada uma havia escolhido. Uma tinha problema no coração e ia fazer sky cross-country. O diretor não esquiava e ia fazer outra coisa que não lembro. Outra, já era quase esquiadora profissional, iria para as trilhas intermediárias. A outra estagiária, minha chefe direta e o Coordenador da loja da Kobo no Canadá iriam esquiar. Por isso eu digo que não tive muita opção: o jeito era esquiar.  Detalhe: as únicas pessoas que nunca haviam esquiado na vida éramos eu e o tal coordenador: ambos sul-americanos, nascidos e criados respectivamente na Colômbia e no Brasil (eu). 

Tínhamos que chegar na Kobo às SETE DA MANHÃ para pegarmos o ônibus e irmos para a tal da Blue Mountain. Em dias normais, a gente só começava a trabalhar às 9, daí minha raiva inicial. Como sou muito sortuda, ao subir no ônibus, o único lugar disponível que havia era do lado da minha chefe. Não é que não goste dela, pelo contrário. Mas você ficar duas horas da sua vida ao lado de uma pessoa que você não tem muita intimidade, em plena sete horas da manhã, não é a melhor coisa do mundo. 

Mas até que nossa conversa foi interessante, porque ela me contou sobre a vida dela na British Columbia, falou da família, do marido, dos gatos,  sobre a viagem dela para Vegas com o marido. Ainda consegui avisar que ia faltar um dia de trabalho porque iria viajar para Quebec, quando minha mãe fosse me visitar. 

Só que já eram quase nove e não havia nenhum sinal de Blue Mountain e eu já estava ficando sem assunto para puxar. Fomos ver no GPS e ela viu que o motorista haviam pego um caminho mais longo. o que era para durar uma hora e meia de viagem, já estava levando duas horas e pouco. 

Fato é que chegamos e me deparei com um monte de formiga descendo umas montanhas. Olhando mais atentamente, vi que eram pessoas, na verdade. Já comecei a ficar tensa, porque não sou muito fã de altura e esportes radicais. 

Na entrada recebemos nosso kit: um ticket para ir cadeirinha (assassina) que levava aos níveis mais altos da estação (Black Diamond era o super-avançado-emocionante-olimpíadas-de-inverno nível de esqui), protetor labial por causa do frio e vouchers para receber capacete, esquis e poles( que são as varas).

Avisaram que eu deveria ir com muita roupa porque era frio, a neve ia me queimar e tal. Fui com uma calça térmica, mais uma calça de yoga e coloquei a calça de esqui que uma amiga me emprestou. Além disso, uma blusa, um moleton, um casaco de frio e luvas de esqui. Ou seja, se eu conseguisse andar, já era muita coisa. Um instrutor me ajudou a colocar as botas que devem ficar presas aos esquis. Elas mais pareciam patins. Pegamos nossos esquis e finalmente chegou a hora: de fazer o curso inicial. Eu pensei: bom, isso deve ser igual a andar de patins. Eu estava muito enganada.

Primeiro você tem que aprender a tirar e colocar os esquis estando em pé. Depois, tenta equilibrar-se com um pé só. Aí tenta deslizar com um pé,  para só depois aprender a parar. Quando você ainda está tentando se equilibrar nos dois pés, os instrutores, que são idosos e rabugentos em sua maioria, nos levaram para uma ladeira, porque eles achavam que a gente já sabia controlar a velocidade e parar.  O segredo é andar com os esquis em forma de fatia de pizza e forçar os esquis para fora. NUNCA mas NUNCA mesmo desça uma ladeira com os esquis paralelos, a não ser que você saiba o que está fazendo. Para você que não entendeu nada do que eu falei, veja o vídeo.

Meu cérebro tinha ciência de todas essas técnicas, mas meu corpo não estava entendendo nada. desci com os esquis em paralelo, peguei velocidade e só não me joguei contra os outros ou caí de cara na neve porque afastei as pernas e consegui fazer a pizza de última hora. Resultado: eu não passei na prova. Meus coleguinhas foram praticar no Bunny Hill, que é o último estágio antes da graduação do curso de esqui para iniciantes, e eu fiquei com os outros losers.

A coisa boa era que os losers eram mais losers do que eu e não desistiam. Pelo menos eu não tinha levado nenhuma queda. Ainda. A véia chata me fez ir mais dez vezes antes de me passar pro Bunny Hill. Chegando lá, já com auto- estima decaída, a primeira atividade era subir a esteira sem cair. Acredite: um monte de gente cai nessa. E tudo que você tem que fazer é só inclinar para a frente.  Lá em cima, o complicado é dar uma curva em cima dos esquis e se posicionar para a descida. 

Fiquei pronta e linda, já toda suada e sem fôlego. Desci, completamente consciente do que estava fazendo, estava dando tudo certo. Eu estava arrasando. E quando cheguei no pé da ladeira, eu caí. Foi uma queda ridícula. O pior é que eles não ensinaram a gente como levantar em caso de queda. Então fiquei uma eternidade lá no chão, tentando levantar, com um monte de gente desviando de mim. A velhinha me viu, veio até mim e disse: levante-se. Eu já indignada falei: eu não consigo, senão teria levantado. Ela: retire os esquis.  
Adendo: Para isso, eu tinha que usar a varinha e apertar no botão do esqui para liberar a bota. Gente, é uma coisa super simples. Não quando você está com um esqui afundado na neve, sua perna está torta e você não tem coordenação motora.  Veja este vídeo em 1:00, para provar como é super fácil tirar os esquis (quando você está em pé).
Eu, quase chorando falei que não dava. Ela, sem muita paciência, me levantou. Tive que sentar um tempo nos banquinhos que ficavam lá perto para me recuperar da raiva. Como já era hora do almoço, decidi parar e comer. Tirei os esquis, agora sentada e confortável e fui para o refeitório me deliciar com um hamburger e batata. 

Depois do almoço, mais fortinha e satisfeita, decidi tentar de novo. Já estava toda dolorida, então não fazia mais muita diferença se ia cair ou não. Me sentia num episódio de Glee, porque minhas parceiras de aventura eram: uma indiana que não conseguia frear por nada e ainda caía na esteira, uma ucraniana que mal conseguia ficar em pé, uma latina que não conseguia falar inglês direito, não conseguia controlar a velocidade e levantar quando caía e finalmente uma chinesa que não tinha a menor ideia do que estava fazendo.  Todas elas da Kobo. Estou provando que não era a pior. 

 A galera do meu time (que era o Merchandising) já tinha passado de nível há muito tempo e estavam do outro lado da pista. Vi quando um deles levou uma queda e saiu bolando neve abaixo.

Arranjei um instrutor velhinho que me ajudou muito. Ele retirou os poles da minha mão e  me ensinou a controlar as pernas, fazendo a pizza e a batata frita (pernas paralelas). Depois ele me mandou desviar de umas petecas coloridas, depois me mandou ir brincar. No final da tarde,  eu já conseguia frear no meio da ladeira (uhhuuu!!) e olhar para a frente e não para o chão (uhhu!!). Outra instrutora viu que eu estava abalando e avisou que era hora de ir para o próximo nível.
Mas para ir para a outra pista, eu teria que pegar a cadeirinha. Quem já trabalhou na Disney e tem uma noção mínima de segurança sabe que a cadeirinha não é segura. Vejam o que perigo que é para sair da cadeira. Além do mais, eu tenho pavor de altura. Para completar, estava mais do que satisfeita com meu desempenho.
Quando eu já não tinha mais um músculo que não estivesse doendo, resolvi parar e conhecer a small town que tem no centro do Resort. Vale a pena dar uma olhada nas lojinhas, comprar um souvernir. Voltamos para Toronto umas 17h. Tive que voltar do lado de um hipster (aqueles de toucas e óculos), que queria porque queria puxar conversa comigo sobre os livros favoritos dele. A sorte era que estava passando um DVD de stand up comedy do Russell Peters e fingi que não estava escutando.  Ele fala sobre as diferentes culturas, com o melhor e pior dos estereótipos. Russell Peters falando sobre árabes.

Fomos entregues às 19h em Toronto em frente à Kobo, e foi horrível ter que levantar e ir pra casa. Tudo em mim doía. Cheguei em casa e tomei dois Tylenois, certa que não ia conseguir levantar da cama no dia seguinte. 
O importante é que me diverti, e não passei por nenhuma dessas situações aqui.


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

As torturas da imigração

Esse negócio de imigração começa muito antes de você por os pés no território alheio. A tensão se inicia quando você recebe o bendito visto - aquele que você pagou quase um salário minimo pra conseguir. Lá está escrito que apenas o fato de você ter o adesivo colorido pregado na folha do seu passaporte não garante a sua entrada no país. E você já começa a se perguntar: Comassim Bial?

Então você está dentro do avião que você pagou caríssimo para ter direito a um jantar furreco e resolve tirar um cochilo porque o voo Manaus- Miami é a cara da classe média e a Tam não oferece sequer uma televisão de plasma - pasmem: a bixa é de tubo ainda. Pasmem mais: o avião é do tempo em que se podia fumar dentro.

Já que não há nada mais interessante pra fazer, você resolve descansar os olhos agarrando-se ao"mini travesseiro" xexelento que lhe foi ofertado como cortesia da Tam e é acordada por uma aeromoça estridente que passeia pelo corredor com um chumaço de papel branco esbravejando: "Quem é visitante tem que preencher esse formulário." Aprendam: aeromoças jovens, simpáticas e legais só existem no Brasil. Fora, elas são velhas, chatas e irritantes.

Aí, sem você dizer nada ela joga o papel no seu colo. Com as lentes ainda pregando você tateia no escuro- porque o dia não amanheceu, o café não lhe foi servido, mas o maldito formulário tem que estar preenchido-  procurando por caneta, passaporte, e por último, lembra de ligar a luz.

Este é o segundo momento mais irritante da viagem. Sim, porque era para você saber como preencher um negócio desses decorado já que você já foi uns milhões de vezes para lá. Mas não se sabe se é o sono, a fome ou a burrice, você fica olhando as perguntas e achando que as letras estão formando algo em russo. 

Não dá para entender muito bem o que você tem que declarar, fica se perguntando quanto mesmo de cash está levando. Burramente mais uma vez, você chama a aeromoça que lhe cospe as respostas e sai. Aí não lembra do nome do hotel que vai ficar e mais uma vez busca na bolsa que está nos seus pés que já estão inchados por passar tanto tempo na mesma posição.  

Aliviada por ter terminado de preencher algo que talvez vá definir sua entrada no país, você se prepara para dormir o sono dos cansados. E eis que a aeromoça grita mais uma vez: tem que preencher esse outro formulário para entregar na alfândega. 

E começa tudo de novo. Estarrecida ao ler as perguntas que querem saber se você está levando estrume, esterco, plantas nativas de seu país, drogas e afins, você preenche tudo meio boca já de saco cheio e volta para o seu sono.Mais uma vez a criatura passa anunciando que vai servir o café, já jogando a bandeja na sua mesa. Quando você menos espera, ela já passa recolhendo porque o avião irá pousar. 

E como nada na vida é fácil e você está viajando com brasileiros que não conseguem respeitar uma fila, as pessoas levantam-se antes de  avião parar já pensando na fila da imigração para logo depois escutar o comandante esbravejar mandando todo mundo sentar que o avião não parou ainda.

Pois bem, eis que você está em solo americano. Mas ainda não, porque aeroporto é considerado zona internacional. Você está com um pé dentro e outro fora. Como você precisava urgentemente ir ao banheiro depois 8 horas sem sequer levantar a perna, a fila já está extensa. De posse de todos os documentos corretamente alinhados você espera e espera. A moça não- simpática anuncia que você é a próxima. 

Aí sobe aquele frio na barriga quando você pensa que é agora ou nunca. E se o oficial da imigração tiver acesso à sua vida no Brasil e souber que você mente até no formulário médico quando a pergunta é sobre seu peso?

  O moço com cara de imigrante latino pede seu passaporte, pergunta o que você faz, quanto dinheiro tem, de onde você é , abre o sorriso quando vê que você é do Brasil e pergunta quanto tempo iremos ficar. Meu marido puxa conversa falando sobre as belezas do nosso país. Eu fico aliviada que está dando tudo certo. Mais ou menos
O oficial manda colocarmos dedos que o sistema escolhe aleatoriamente na maquininha para ler nossas digitais. Minhas mãos sempre suadas dificultam a leitura, eu dou um sorriso amarelo, limpo a mão na calça e vamos de novo. Não dá certo. irritado, Ele pega meu dedo e aperta contra o dispositivo. Ele carimba com força nossos passaportes e estamos na América. 

Mas não acabou. A alfândega é logo ali na frente. Jogamos nossas malas ainda não muito pesadas no raio-X e entregamos o papel dizendo que não trazemos nada de duvidoso na mala.

No Canadá não é muito diferente. O moço com cara de indiano pediu a carta da escola e os formulários. E ele nos mandou para uma sala. Pensei: pronto! vamos pra sala da imigração. 
Uma moça simpática pediu nossa papelada e haja demora. Comecei a pensar possíveis cenários de ser deportada. Voltaria para o Brasil ou para Orlando? . Minha cabeça começou a doer de fome e ansiedade. Não havia comida de graça no vôo e de tão nervosa não havia almoçado. 

Finalmente ela nos chama. É agora, pensei eu. Ela começou se desculpando. Já achei estranho. Ela explicou que o consulado errou. Já fiquei tensa. O nosso visto deveria estar válido até março, mas o consulado só deu até novembro.

 Mesmo sendo visto de múltiplas entradas, não poderia sair e voltar para o país depois de novembro.Como forma de compensação ela deu nossas permissões de estudo e trabalho até abril. Welcome to Canada, disse ela que me sorriu. Sorri de volta e entrei na outra parte da  América do Norte.


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Hidden Gems na Flórida


Esse post é dedicado para quem já foi várias vezes para a Flórida e pensa que não há nada mais a fazer além de parques e compras. Durante minhas várias andanças pelo Sunshine State, descobri lugares que fazem da Flórida um lugar mais do que fantástico.

1- Duelo de Pianos na Jellyrols no Disney's Boardwalk
Dois pianistas sentados um de frente para o outro cantando e tocando todo tipo de música que lhes vierem à cabeça e o que o público pedir. O ambiente é descontraído e a pipoca é de graça!!  O preço do ingresso era $12 há um ano.  É necessário ser maior de 21 anos e não se esqueça de levar seu passaporte.

Os pianistas arrasando












2- Eola Lake no Downtown Orlando

De manhã, de tarde, de noite. Toda hora é hora de conhecer o Lago Eola. Situado no meio da cidade, o parque é perfeito para dar uma caminhada, uma corrida ou fazer um picnic. O cenário é lindo para tirar muitas fotos.

3- Wekiwa Park
Wekiwa Park Natural Springs fica a mais ou menos um hora de Orlando. É um parque nacional perfeito para nadar, fazer canoagem. No dia que fomos, avistamos inclusive uns brasileiros fazendo um churrasco, tocando Zeca Pagodinho.  O ingresso custa uns $20 por carro e para andar de canoa tem um custo também. Esse é o tipo de passeio para quem gosta de aventura, natureza, etc. Assim que você chega tem as placas: "cuidado com jacaré", além de dicas de como se comportar ao avistar um bicho desses na água. Apesar de a água ser cristalina, eu não me arrisquei a entrar. Mas valeu a pena ter conhecido o lugar.
Mais informações aqui: Visite o Site do Wekiwa Park



4- Daytona Beach
Pôr do sol em Daytona
Essa praia fica a quase de 2 horas de Orlando. O lugar me lembra muito a cenas de filme e seriados (The O.C mais especificamente) que se passam na California por duas razões: tem um pier e uma roda gigante. Depois que saímos de Wekiwa Park fomos para a praia já no final da tarde. Mesmo sendo verão, a água estava gelada. Mas o dia valeu pelo pôr-do-sol e o show de fogos que ocorre à noite, mas eu não sei se é todo dia. Antes de voltar, passeamos pelas lojinhas de souvenir pela beira do mar e comemos uma pizza com camarão empanado. Esse foi um dia feliz.


5-Baladas- Downtown Orlando
Eu não sou uma pessoa muito baladeira, mas eu tenho amigos que se encaixam na categoria "party animal". Por culpa deles, tive a chance de conhecer alguns lugares interessantes. Um deles é o Cowboy's Orlando. Úma balada bem country aonde as pessoas se vestem a caráter e vão para a pista dançar musiquinhas com a mesma coreografia. Pra quem gosta, a cerva é liberada até umas horas. Se não me engano a entrada era $8 para mulheres. Site do Cowboys Orlando
A Chillers que fica em Downtown Orlando é outra balada divertida, com três ambientes tocando diferentes estilos de música e drinks relativamente baratos que vão de $5 a $10. A entrada era gratuita para mulheres até determinada hora e tem shots de $1 dentro de um tubo de ensaio.
Mais informações no site deles: http://www.churchstreetbars.com/chillers

6-Cassino
Fomos no Hard Rock Casino em Hollywood, uma cidade próxima de Miami. (Sim, existe outra cidade com o mesmo nome). O casino fica em um complexo de entretenimento. Lá dentro tem cinema, restaurantes. shopping, baladas, etc. Uma coisa que odiei em algumas dessas festas em Miami é que o cara olha pra sua cara e diz se você tem que pagar ou não para entrar. Tipo: você não está sexy demais, paga $15. Você é feia: paga $800. O negócio funciona exatamente assim.
O cassino em si é exatametne igual ao que vemos em filmes. Eu achei meio deprimente olhando praquele monte de coitados tentando ganhar umas moedas.
Aqui vai o site do cassino
Max Bet!

7- Cidade de Celebration em Kissimee
Essa é a minha queridinha, amada, eu sempre tenho que ir lá. Na verdade, essa cidade era pra ter sido construída dentro do EPCOT, no estilo de casas futuristas e auto-sustentáveis. Foi assim que Walt tinha imaginado. Mas por várias razões, os projetos foram separados. Os lotes foram vendidos, muitas vezes leiloados devido à grande procura e virou uma cidade modelo. O lugar que toda família, americana ou latina, desejaria morar. As casas são humildes (não valem nem 3 milhões de dólares). A cidade conta ainda com uma Universidade, Hospital e os escritórios da Disney funcionam lá dentro. É legal dar uma volta a pé ou de carro pela cidade. Da última vez que visitei, estava havendo um campeonato de beisebol, cheio de food trucks ao redor do campo. Descobrimos ainda uma igreja e a Main Street que é a coisa mais fofa.
Suzana em Celebration

Cidade modelo








8- Wonderworks
Esse é o museu mais maluco que já fui. Pra começar ele foi construído de cabeça pra baixo. É um lugar que mexe com seus cinco sentidos. Lá existem jogos interativos, simuladores de furacões e terremotos e muita coisa que fazem você ficar todo literalmente. Site do Wonderworks




9- International Drive
Intl Drive é a parte mais turística da cidade. A rua é imensa e comporta hoteis, restaurantes, museus, teatros e lojas. Eu gosto de passear por lá. Tirar umas fotos pertos dos hoteis, ouvir os gritos das pessoas nas Torres Colorida (é assim que eu chamo), comer em um dos maiores Mac Donald's do mundo e comprar as lembranças pra família.








10- Sebos  e Barnes and Noble perto do Florida Mall
Essa é uma joia super escondida mesmo. Da primeira vez que fui morar lá em 2004, estávamos eu e meu futuro marido na época passeando pelas ruas próximas ao Florida Mall. Avistamos umas lojinhas de sebos com livros maravilhosos de $1 a $5. Compramos livros de Marketing e Propaganda por uma bagatela. Toda vida que as pessoas vão ao Best Buy que fica na frente do Florida Mall, eu aproveito e dou uma escapada para a livraria Barnes and Noble que fica ao lado. Tem muito livros legais e em promoção, dicionários e um café delicioso.


sábado, 9 de novembro de 2013

Aluguel de carro X ônibus em Orlando

Oi gentchy!!
Estou voltando ao blog aos pouquinhos porque muitos projetos estão aparecendo na minha vida. Hoje iremos analisar a melhor maneira de movimentar-se por Orlando.
Apesar de nós acharmos que o sistema de transporte público é maravilhoso em países do primeiro mundo, vemos que as coisas não são tão lindas assim em Orlando. Se você se hospedar em um Resort da Disney e não tiver a mínima intenção de conhecer outras partes da cidade, então está tudo bem. O complexo oferece transporte gratuito para os hóspedes. Mas isso só dentro da área da Disney.
Apesar de táxi não ser tão caro, ir de um lado a outro da cidade pode custar alguns cem dólare,  porque os pontos turísticos e centros de compras ficam de uma ponta a outra da cidade.
A maioria dos hoteis oferecem transporte para os Parques, mas se você quer conhecer outras partes da cidade e ir ao shopping ou ao mercado, pode sentar na parada e esperar. O serviço de ônibus em Orlando não é ruim. É péssimo. Para se ter uma ideia, dependendo de onde você se hospedar, uma ida para o shopping pode levar mais de 2 horas. Isso ocorre porque determinadas linhas só passam de meia em meia hora. Para quem só tem uma semana de férias na cidade, todo tempo é pouco.
Então, a melhor opção é alugar um carro. Mas não se desespere, essa não é a opção mais cara (excursão sempre é a opção mais cara). Aluguel de um carro pode variar de $20 a $100 por dia, dependendo do carro.  Ainda no Brasil é possível alugar carros pelas agências de turismo. O importante é pesquisar muito. Existe um tipo de carro para todo tipo de viagem. Nós sempre alugamos carro com GPS incluso, motorista adicional, seguro pessoal e para terceiros.
Ao chegar em Orlando ou Miami, dirija-se ao balcão da empresa e apresente seu voucher. Muitas vezes, as empresas querem te dar um upgrade de um carro melhor, ou avisar que seu seguro não é suficiente e você tem que pagar algo mais, mesmo já tendo feito tudo antes. MUITO CUIDADO!! Se você já pagou seu carro através de uma agência de viagem no Brasil, com todos os seguros necessários, você não precisa mais pagar nada. Avise logo para a pessoa que te atender e seja ser bem curto e grosso, para que ele ou ela não fiquem insistindo. Depois disso, você vai assinar vários documentos (muita atenção com o que assina). Quanto ao upgrade, você que decide se quer um carro melhor, maior, pagando um pouco a mais...

DICAS FINAIS
-Todos os carros são automáticos, com ar, CD Player com USB e luxo, poder e ostentação.
-Considere sempre a quantidade de pessoas e malas (já sofri muito com isso) e os seguros. Mesmo seu cartão de crédito cobrindo seguro tal, é melhor prevenir do que remediar.
- Mais uma vez, cuidado com os documentos que você assina no balcão da companhia. Eles podem te cobrar algo a mais e você pode nem perceber.
- Geralmente, a empresa segura uns $200 no seu cartão de crédito, para certificar-se que você não vai levar o carro.
- Respeite a velocidade e a sinalização, tanto na cidad,  quanto na estrada. A polícia fica de tocaia só esperando o povo vacilar.
- As pessoas em Orlando não são muito fãs de buzina. Tente não utilizar muito a sua.
- Sim, você vai pegar muito trânsito no final da tarde e nos viadutos, principalmente na International Drive e na I4. Paciência.
- Devolva o carro com o tanque COMPLETAMENTE cheio, porque é a primeira coisa que eles checam.
-Respeite sempre o horário de devolução do carro, pois eles podem te cobrar uma diária a mais pelo atraso.
- No aeroporto de Orlando, muitas companhias ficam fora do aeroporto. Fique atento a isso na hora de entregar o carro, pois você ainda terá que esperar a van da empresa te deixar no aeroporto. Programe-se com antecedência para não perder o vôo.
-Aproveite para desbravar cidades vizinhas e conhecer novos lugares.

Boa sorte e boas aventuras!

domingo, 20 de outubro de 2013

Tirando visto de turista para os Eua

Olá pessoas!
Há cinco anos tirei meu primeiro visto de turista para os Eua. Chegou a hora de renová-lo. Na verdade, já passou da hora (ele venceu em abril de 2013). Desde o ano passado o processo mudou e ficou mais chatinho do que antes. Aqui está o site para agendamento e preenchimento do formulário (DS-160)
A taxa para o visto de turista (B1/B2) custa $160 e agora inclui duas entrevistas: uma para o recolhimento das digitais e foto e outra para bater aquele papo legal com o cônsul ou representante consular. Há vários consulados pelo Brasil (São Paulo, Rio, Brasília), mas apenas um que atende Norte/Nordeste: Recife.
O preenchimento do formulário pode ser mais estressante do que a entrevista em si. O sistema é todo em inglês e ele te dá um limite de tempo para preencher o form. A melhor dica é ir salvando o documento de tempos em tempos. Antes de começar a preencher, teste sua foto, pois ela ainda precisa ser aceita pelo sistema e salve o ID number do formulário que está no topo direito da tela.
O DS-160 faz umas perguntinhas bem indiscretas do tipo: quanto você ganha, onde você ficará no país, por quanto tempo, com quem. Além de perguntar se você tem envolvimento com tráfico de humanos, terrorismo, prostituição e afins. Se você não sabe responder o formulário ou tiver dificuldades, peça ajuda para alguma agência especializada ou alguém que tenha experiência com isso. Geralmente, eles cobram entre R$200 e R$300 para dar essa consultoria.
Depois de preenchido, é hora de pagar as taxas e marcar as entrevistas. Pelo menos agora elas podem ser remarcadas várias vezes. Lembrando que as taxas devem ser pagas com cartão de crédito internacional ou boleto.
Mulheres, NÃO LEVEM BOLSA para o Consulado e muito menos celular. Eles não me deixaram entrar nem com minha caixa de lentes de contato. 
A entrevista agora é muito tranquila, não existe mais terrorzinho. Leve os documentos que comprovem laços com o Brasil, principalmente imposto de renda, extrato bancário, holerite. As perguntas são tipo: O que você faz no Brasil? Quanto tempo você quer ficar nos Eua? O que você vai fazer lá? Quem vai com você? Você gosta do seu trabalho? VISTO CONCEDIDO.

Atenção para quem está renovando o visto: se você tirou seu visto de Turismo e  as impressões digitais colhidas depois de Janeiro de 2008 não é obrigatória sua ida até o consulado. Algumas empresas trabalham com despachantes que cobram de R$80 a R$120. Você marca a visita ao CASV e o despachante vai lá na hora marcada e entrega seus documentos no seu lugar. Dois dias depois você recebe um e-mail do consulado informando que seu passaporte já está sendo em trânsito, voltando para seus braços. O mais importante é a foto  5x7 que deve ter fundo totalmente branco, espaço entre a cabeça e a margem da foto e completamente nítida. Mulheres devem estar com cabelos para trás e sem cordões. Além disso, não precisa enviar aquele monte de documentos, pois é apenas renovação.



Boa sorte para todos nós!!
Bju bju bju